sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Assalto ao BES - Última Hora


Polícia dispara contra assaltantes e liberta reféns.
Disparos das forças de segurança, às 23h21 de hoje, puseram fim a um sequestro numa dependência do BES, em Lisboa, que se prolongou por mais de oito horas. Um dos assaltantes morreu e outro está gravemente ferido. No momento dos disparos, os dois reféns saíram do alcance dos assaltantes e ficaram a salvo, entregues a equipas médicas do INEM.

Às 01h00, a sub-intendente da PSP, Florbela Carrilho, leu um comunicado à comunicação social, fazendo um resumo das principais etapas do assalto seguido de sequestro. Contudo, não foram dados pormenores sobre a identidade dos assaltantes e exigências que fizeram ao longo do dia.

O alarme sobre o que se passava no BES da Rua Marquês da Fronteira foi dado às 15h04, tendo sido accionados "elementos de patrulhamento e brigada antri-crime", segundo o comunicado.

Dos iniciais seis reféns, três pessoas foram libertadas de imediato (dois homens e uma mulher) e uma quarta (uma senhora com uma crise de ansiedade) um pocuo mais tarde. Os dois reféns que restaram estavam "manietadas com pulseiras plásticas". Os sequestradores tinham armas de fogo com que ameaçavam os reféns.

"Foi montado um perímetro de segurança, com accionamento de grupo de operações especiais, unidade de negociadores, corpo de intervenção e elemetos da Polícia Judiciária", disse a sub-intendente, tendo-se iniciado o diálogo com os assaltantes, que durou várias horas.

Desfecho dramático

Pouco antes das 23h00, uma mulher foi levada pelo sequestrador para a porta, com uma arma apontada ao pescoço; enquanto o outro refém esteve a ser agarrado pelo pescoço e com uma arma apontada à nuca.

Foram longos minutos de uma situação muito tensa que terminou com disparos das forças de segurança, que causaram a morte imediata de um dos assaltantes e ferimentos graves no outro, que foi transportado para o Hospital São Francisco Xavier. A sub-intendente da PSP ñão avançou quaisquer elementos adicionais sobre os sequestradores.

O refém masculino foi levado para o Hospital de São José, encaminhado por uma viatura do INEM, devido a ferimentos ligeiros causados por estilhaços dos disparos.

A mulher teve apoio psicológico inicial no local e falou com os amigos que a esperavam, tendo pouco depois deixado a zona. A reportagem da SIC apurou que se trata da gerente da dependência, na casa dos 30 anos, divorciada e mãe de três crianças que estão de férias com o pai.

O local esteve sitiado durante mais de oito horas, com os moradores de prédios contíguos ao edifício da dependência do BES impedidos de entrar ou sair de casa, encontrando-se alguns deles no interior de carrinhas policiais. O tráfego automóvel também esteve cortado.

Um morador contou que a polícia pediu a evacuação do escritório situado no piso por cima da dependência bancária, para aceder a um terraço, e solicitou as plantas do edifício. A policia não prestou qualquer declaração sobre o caso depois das 19h00.

O perímetros de segurança policial na Rua Marquês de Fronteira estendeu-se do número 66 ao número 84, sendo o edifício do BES o número 72.

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